A China pode perder sua posição como principal fornecedora da cadeia de suprimentos global em breve, devido aos impactos da pandemia de COVID-19. De acordo com um relatório do Business Insider, a alta nos casos de COVID-19 na China está acelerando o processo de mudança de fornecedores. A China tem ocupado essa posição por quatro décadas, mas agora enfrenta dificuldades em manter esse status devido aos desafios impostos pela pandemia. Isso tem levado as empresas a procurar alternativas em outros países para garantir a continuidade de suas cadeias de suprimento.
Aqui estão cinco países que têm atraído as cadeias de suprimento que estão saindo da China:
1 – Tailândia
A Tailândia é a segunda maior economia do sudeste asiático e tem atraído empresas de diversos setores, como autopeças, veículos e eletrônicos. Algumas marcas que já estabeleceram suas operações na Tailândia incluem a Sony e a Sharp. A Sony começou a produzir smartphones na Tailândia em 2019, depois de retirar a produção de Pequim.
Os investimentos estrangeiros na Tailândia triplicaram entre 2020 e 2021, atraindo até mesmo algumas indústrias chinesas em busca de custos mais baixos. A JinkoSolar, por exemplo, uma empresa chinesa que produz painéis solares, estabeleceu sua produção na Tailândia. A Tailândia tem atraído as empresas devido a seus baixos custos de mão de obra e ao crescimento de sua indústria de transformação, além de ter uma forte base de fornecedores e uma localização estratégica na região da Ásia-Pacífico.
2 – Malásia
A Malásia é um outro destino para os fornecedores de chips e outros suprimentos que estão deixando a China. Desde 2018, a Malásia atraiu mais de 30 projetos, especialmente na área de tecnologia. Os principais motivadores para essa mudança foram os custos trabalhistas mais baixos e a tensão comercial entre os Estados Unidos e a China.
Algumas empresas que estabeleceram suas operações na Malásia incluem a Micron, uma fabricante americana de processadores e outros produtos de informática, e a Jabil, que atende a clientes como a Apple, a Dell e a HP, entre outras grandes marcas. A Malásia tem sido um destino atraente para as empresas que estão deixando a China devido a seus baixos custos de mão de obra e ao crescimento de sua indústria de transformação. Além disso, a Malásia tem uma localização estratégica na região da Ásia-Pacífico e uma forte base de fornecedores.
3 – Vietnã
O Vietnã é um dos destinos mais procurados pelos fornecedores de cadeias de suprimento que estão deixando a China. O país passou por uma grande reforma econômica nos anos 1980 e tem se tornado um destino atraente para as empresas devido a seus baixos custos de mão de obra e isenção de tarifas de importação para alguns produtos. Em 2021, o Vietnã recebeu promessas de investimentos estrangeiros de mais de US$ 31 bilhões, principalmente nos setores de manufatura e processamento.
A fabricação de roupas, calçados, eletrodomésticos e eletrônicos é o ponto forte da cadeia de suprimento do Vietnã. A Apple, por exemplo, transferiu parte da produção do iPhone para o Vietnã e está considerando levar a montagem do MacBook para lá também.
4 – Bangladesh
Bangladesh, o segundo maior exportador de vestuário do mundo, tem atraído a atenção das indústrias do setor devido a seus baixos custos de mão de obra. O salário médio dos trabalhadores locais é quase cinco vezes menor do que o recebido pelos funcionários das indústrias chinesas, o que diminui os custos para as empresas.
Enquanto Bangladesh é forte na fabricação de roupas, o país está buscando expandir suas atividades para mais segmentos. Uma das ideias é atrair investimentos para cadeias de produção que atendem às indústrias agrícola e farmacêutica.
5 – Índia
O mercado indiano é uma das principais alternativas para as marcas que querem deixar a China devido à enorme quantidade de mão de obra disponível no país. Além disso, o governo indiano tem desenvolvido políticas para facilitar a chegada de investimentos estrangeiros, o que o coloca em vantagem em relação à concorrência.
A Índia já recebe parte da produção do iPhone e a tendência é de que a Apple esteja ainda mais presente no território indiano nos próximos anos, com cerca de 25% dos iPhones vendidos globalmente saindo de lá. Além disso, o iPad também deve começar a ser produzido em fábricas indianas.
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