Mais um fenômeno teorizado por Albert Einstein há mais de cem anos foi confirmado graças às observações de instrumentos modernos. O Telescópio Espacial Hubble, da Nasa, no entanto conseguiu o raro registro de um anel de Einstein-Chwolson, resultado da distorção da luz de uma galáxia elíptica que está a 4 bilhões de anos-luz de distância.
A imagem mostra a galáxia curvando-se em torno de uma da outra, na constelação de Fornax, a Fornalha. O objeto, chamado GAL-CLUS-022058s, ganhou o apelido de “Molten Ring” – Anel Derretido – pelos astrônomos.
Um pouco antes de publicar sua teoria da relatividade geral, Albert Einstein descreveu esses objetos, formados por um processo chamado de “lente gravitacional”, que faz com que a luz que brilha de longe seja curvada pela gravidade de um objeto entre sua fonte e o observador. “Nesse caso, a luz da galáxia de fundo foi distorcida pela gravidade do aglomerado de galáxias à sua frente”, explicou a Nasa.
Como a Terra está praticamente alinhada com as duas galáxias, a gravidade deformou e ampliou a luz de maneira que formou um anel quase perfeito. A gravidade de outras galáxias no aglomerado causa as distorções adicionais.
Albert Einstein previu o fenômeno em 1912, mas o primeiro a descrevê-lo foi o físico russo Orest Chwolson, 14 anos mais tarde, em 1924, que menciona ainda o “efeito halo” causado pela gravidade quando a fonte, a lente e o observador estão em um alinhamento quase perfeito. Em uma carta escrita em 1936, Albert Einstein comentou que “não há esperança de observar esse fenômeno diretamente. Em primeiro lugar, dificilmente nos aproximaremos suficientemente de tal linha central”.
Neste caso, Albert Einstein errou. O primeiro anel de Einstein-Chwolson completo, chamado B1938 + 666, foi descoberto também pelo Hubble, em 1998. Mas GAL-CLUS-022058s é, de acordo com a Nasa, “o maior e um dos mais completos anéis de Einstein-Chwolson já descobertos em nosso universo”.
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