A surpreendente descoberta de uma galáxia distante e antiga deixou os astrônomos perplexos, pois revelou uma massa duas vezes maior que a da Via Láctea em uma fase primordial do universo. Sua formação e evolução rápidas desafiam os modelos astronômicos atuais, destacando a complexidade e a dinâmica do cosmos em seus estágios iniciais.
Conhecida como ZF-UDS-7329, essa galáxia intrigante tem sido objeto de estudo há mais de uma década, porém, as limitações dos telescópios infravermelhos da época impediram medições precisas e detalhadas desse objeto cósmico enigmático.
Com a contribuição do telescópio James Webb, a narrativa mudou drasticamente: os pesquisadores finalmente puderam confirmar que a galáxia está situada a 11,5 bilhões de anos-luz de distância, permitindo-lhes observar e compreender sua condição e evolução naquela época remota do universo.
O intrigante é que essa mesma luz revela que essa galáxia já abrigava uma população extensa de estrelas há 13 bilhões de anos. Sua massa estelar total corresponde ao dobro da massa da Via Láctea, um feito que levou vários bilhões de anos para a nossa própria galáxia alcançar.
Essa descoberta implica que, quando o universo tinha apenas cerca de 700 milhões de anos, a ZF-UDS-7329 já exibia características notavelmente “avançadas” para a época. A rapidez de sua formação desafia os conceitos atuais sobre a evolução galáctica, e pode até mesmo provocar uma revisão significativa do nosso entendimento sobre esse processo cósmico.
Um mistério já visto antes em outra galáxia
Esse não é o primeiro enigma do tipo que os astrônomos encontram. Em 2020, por exemplo, a descoberta da galáxia DLA0817g revelou outra instância de evolução extraordinariamente rápida no universo primordial, desafiando igualmente os modelos astronômicos estabelecidos.
O achado de galáxias como essas pelo telescópio James Webb sugere duas perspectivas importantes. Descobertas inéditas resultam de limitações instrumentais anteriores, sugerindo que o Telescópio James Webb e futuros instrumentos podem revelar mais sobre objetos cósmicos.
Além disso, levanta a possibilidade de que haja lacunas nos modelos galácticos existentes ou na compreensão da matéria escura, um dos componentes fundamentais na formação das galáxias. Essas descobertas desafiam os paradigmas estabelecidos e ressaltam a necessidade contínua de aprimorar nossas teorias sobre a evolução e a estrutura do universo.
Fonte: Nature, Universidade de Tecnologia de Swinburne
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