Pesquisadores da Universidade de Sófia, na Bulgária, alcançaram avanços significativos na resolução do desafio científico dos “três corpos”, um enigma que se originou na época de Isaac Newton.
O enigma dos três corpos diz respeito à previsão dos movimentos coordenados de três entidades celestiais, influenciados pela força gravitacional, garantindo que não ocorram colisões ou desvios.
Em sua pesquisa mais recente, os cientistas identificaram 12.409 configurações orbitais viáveis para sistemas tripartidos de massa igual, que se aderem aos princípios da física newtoniana. Essas soluções recém-descobertas estão atualmente passando por revisão por pares, fornecendo novas perspectivas e direções para investigações futuras. O problema dos três corpos é notoriamente complexo, pois a introdução de uma terceira entidade celeste pode alterar significativamente a dinâmica de um sistema de dois corpos.
Para aprimorar seus cálculos, os cientistas recorreram a supercomputadores e redes neurais. Embora ainda não haja uma solução universal para o problema dos três corpos, os pesquisadores estão se aproximando cada vez mais da resolução, descobrindo soluções aplicáveis a casos específicos dentro de determinadas limitações.
A equipe de pesquisa está atualmente investigando mais de 300 novos conjuntos de órbitas periódicas envolvendo três corpos em movimento livre. O foco dos cientistas recai sobre sistemas compostos por três entidades de massa igual, visando a correção de erros de cálculo e a avaliação da estabilidade dessas órbitas, considerando influências externas, como corpos celestes distantes ou emissões solares.
As soluções que demonstram estabilidade em sistemas de três corpos são consideradas raridades, e os cientistas destacam as implicações teóricas significativas de seu trabalho. Embora essas soluções possam não ter aplicação direta no campo da astronomia neste momento, elas oferecem insights valiosos sobre as estruturas espaciais e temporais das configurações orbitais.
A pesquisa está publicamente disponível no arXiv e atualmente passa por um processo de revisão por pares, o que permitirá uma validação mais completa e aprimoramento das conclusões apresentadas.
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