Você sabia que os tardígrados são os animais mais resistentes da Terra, capazes até mesmo de sobreviver na Lua? Um estudo recente liderado pela bióloga Courtney Hachtel, da Universidade da Carolina do Norte, investigou como essas criaturas microscópicas conseguem suportar altas doses de radiação, e os resultados são surpreendentes.
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Os tardígrados possuem uma proteína supressora de danos que protege seu DNA, além de serem capazes de entrar em estado de criptobiose, uma dormência que os protege de condições extremas e do envelhecimento. No entanto, descobriu-se que essas características não são responsáveis pela proteção contra a radiação.
A pesquisa revelou que a super regeneração dos tardígrados é fundamental para sua resistência à radiação ionizante, que é cerca de 1.000 vezes maior do que a nossa. Mesmo tardígrados que não possuem a proteína supressora de danos mostraram resistência à radiação.

Os cientistas expuseram tardígrados da espécie Hypsibius exemplaris à radiação gama e descobriram que, em vez de ativar a proteína Dsup, os tardígrados aumentaram a produção de genes de reparo de DNA. Em apenas 24 horas após a exposição à radiação, a maior parte do DNA dos tardígrados estava reparada.
Para testar ainda mais a capacidade de regeneração, os cientistas expressaram alguns desses genes de reparo em bactérias Escherichia coli, que também mostraram uma habilidade de reparo de DNA semelhante.
Essa descoberta não apenas revela uma nova habilidade de sobrevivência excepcional em animais conhecidos por sua resiliência, mas também pode fornecer insights valiosos para proteger animais e microorganismos da radiação no futuro.
Fonte: Current Biology
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