Apenas lembrando, mais uma vez, o desafio escolhido: como podemos aumentar o interesse e participação dos alunos nos exercícios, utilizando smart-phones? Agora, o espaço de trabalho está preparado, a equipe está constituída, e é hora de colocar a “mão na massa”…
Esta etapa já faz parte do que chamamos de ideação, que é onde procuraremos propostas de soluções para o problema descrito no desafio. O objetivo é preparar o caminho para que se obtenham as condições necessárias para a “bolação” de ideias inovadoras. Ela pode ser dividida em duas fases, das quais a primeira é:
“Sentir” o problema, obter “inspiração”: é a fase na qual exploramos o contexto no qual o problema está inserido. Aqui, é preciso entender quem são as pessoas envolvidas, e quais são seus próprios contextos, expectativas, e mesmo “dores”, dentro do escopo do problema. Aí, é preciso desenvolver um olhar bem empático sobre os atores, entende-los dentro de suas realidades, tentando ir “além das aparências” dos mesmos através de um olhar mais rico, profundo, humano – e cuidado: nós não estamos muito acostumados a isto, pela racionalidade de nossa formação de engenheiros… Por exemplo, os jovens estão permanentemente conectados entre si, mas o professor, por natureza mesmo de sua função, é relativamente conservador e tem uma esfera de poder que sempre o coloca no centro do processo, tendo como mídia o quadro e/ou “power point”.
Para bem realizar esta fase, podem ser utilizadas entrevistas, observação de comportamento dos atores (no nosso caso, dentro e fora de aula…), “causos” que envolvam o problema, etc.
Geralmente, esta é uma fase complicada, porque, reafirmando este ponto, geralmente não estamos acostumados a ter esta visão mais profunda e imparcial sobre as pessoas… Um bom “macete” a respeito, é pedir que cada membro do grupo de trabalho faça um exercício de reflexão pessoal sobre o assunto, e depois compartilhe suas observações com seus colegas, para reforço e concordância sobre os pontos mais marcantes. Cuidado: nesta fase, o importante é não se preocupar em criar soluções, de forma alguma!
A segunda fase, que é a de “conectar” ou “interpretar”, será vista na semana que vem… Até lá!
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