Ao tomar ciência das tristes estatísticas a respeito do cenário educacional nacional, com seus parcos resultados, às vezes me encontro refletindo como poderíamos melhorá-lo, tornando-o mais efetivo e então beneficiando não só nossas crianças e jovens, como também toda nossa sociedade… Afinal, não custa sonhar, não ?
Fico pensando, por exemplo, se não poderíamos, com frequência, levar aos nossos jovens exemplos de pessoas vencedoras, com boa visão de mundo e de suas infinitas possibilidades a quem se dispuser a sair da mesmice e ir ao encontro delas… Encontros semanais, talvez organizados pelos próprios alunos, já seria muito bom – melhor ainda se sempre estivesse presente, como convidado principal, um ex-aluno que venceu…
Também colocar nossos alunos em contato com o mundo real, e não com o mundo árido e conteudista que normalmente trazemos a eles em nossas aulas… Vale a pena organizar algo como visitas, missões a cumprir na comunidade local, ou dentro da própria escola…
E por falar em “conteudismo”, não seria melhor dedicar algumas horas dos nossos alunos para a sua própria organização de atividades escolares internas, dando-lhes até autonomia para criar coisas novas a respeito?
Quem sabe fornecer a eles desafios dentro dos conteúdos necessários? Sair da exposição pura e simples de conceitos muitas vezes desnecessários, e deixá-los, em conjunto, descobrirem o que lhes interessa por si mesmos?
Também deveríamos abrir o mundo da cultura para eles. Reuniões para debates de temas interessantes, grupos de leitura, organização e participação em eventos culturais de seu interesse, enfim, deixá-los verificar que há muitas coisas legais fora de seu mundo atual, infelizmente tantas vezes cabendo apenas na tela de um celular…
Também deveríamos incentivá-los a servir… Quem sabe responsabilizá-los para atender aos colegas que necessitarem, bem como cuidar das instalações da escola, organizar seus postos de trabalho ao término dele, e assim por diante…
Seria interessante também iniciá-los no mundo real, patrocinando e orientando debates sobre as realidades políticas, econômicas e sociais que estão vivendo. Fazê-los sentir-se partes ativas do seu mundo, com voz e ação.
Enfim, trazer a realidade do mundo para dentro da escola, sob pena de acontecer o que ouvi de meu grande amigo e mentor em empreendedorismo, prof. Fernando Dolabela, em seu discurso como paraninfo em uma excelente instituição de ensino superior. As palavras conclusivas de sua oração foram mais ou menos assim: “um dia, poderemos chegar a descobrir que estamos formando nossos alunos para um mundo que não mais existe”… Triste e preocupante, não?
Pois é: será que estou “viajando” ou me veio à mente muito do que vivi, observei na prática das queridas instituições nas quais trabalhei, e nas minhas andanças por aí, tanto no Brasil quanto no exterior? Coisas incríveis podem acontecer no campo educacional, se abrirmos nossas mentes e desejarmos mudar… Vale pena tentar!
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