Outra vez um título pretensioso… Quem sou eu para discutir sobre esse assunto? Talvez apenas uma pessoa que pretende estar plenamente inserida no mundo atual, que vibra com o progresso e que, sempre trabalhando com o magistério, vive se preocupando com os jovens e seu futuro… E como avô também, pois será a juventude atual, dentro da qual se encaixam meus queridos netos, é que vai viver plenamente nesse “novo normal”…
Portanto, tenho lido e refletido muito sobre o assunto em pauta. E como sempre tive muito contato com a juventude, pude observá-la e tirar algumas conclusões, que então gostaria de compartilhar com você, cara leitora e caro leitor…
Por exemplo, a cultura das crianças e jovens é cada vez mais complexa e diversa – fica difícil entendê-la, o que dificulta a nós, mais velhos, a interação com elas e eles; e como são fortemente socializados através das mídias sociais, nelas permanecendo boa parte de seu tempo, eles não têm muitas experiências de caráter pessoal – então, passam a ter maiores dificuldades de estabelecer laços “reais”, o que diversificaria em muito seu progresso intelectual. Sua curiosidade, tão natural em suas idades, fica também prejudicada, pois como falou Brian Helmuth (professor e pesquisador de Ciências Marinhas e Ambientais da Northeastern University, em Boston, Massachusetts, EUA): “se há alguma pergunta, algo que se imagina não saber, proliferou a ideia que basta ir à internet, e a Wikipédia trará as respostas. A sensação de que há muita coisa desconhecida foi perdida, e essa percepção é fundamental para reviver o apetite pela exploração”… Que pena! E que problema! Como evoluiríamos como raça humana sem o gosto pela procura da verdade e a exploração do novo?
Outro ponto a considerar é o trabalho que será disponível para os jovens no futuro. A evolução tecnológica é intensa e rápida, e já se antevê que com o avanço da automação e da inteligência artificial muitas das ocupações tradicionais simplesmente desparecerão. Vai ocorrer então, para os que não se prepararem desde já, o fenômeno denominado de desempregabilidade, ou seja, a impossibilidade total de alguns indivíduos (ou muitos?) não apresentarem nenhum tipo de perfil que lhes proporcione algum tipo de emprego ou trabalho… Que triste! A qualificação intensa nas novas áreas, bem como o desenvolvimento das atitudes necessárias para a sobrevivência ativa no futuro são então fundamentais!
Daí, uma das tendências que também já são notadas na juventude é o questionamento do valor dos diplomas convencionais. Já pude reparar que alunos brilhantes abandonaram seus estudos formais para seguirem seus próprios sonhos, adotando o empreendedorismo latente neles, e assim desenvolvendo novas e exitosas carreiras profissionais. Alguns, “quebraram a cara“ e aprenderam, seguindo outros caminhos; outros estão seguindo carreiras de sucesso, em empreendimentos bem complexos e inovadores… De qualquer forma, quando questionados a respeito, nem sonham a voltar para a vida acadêmica usual, mas apenas para cursos que lhes propiciem crescimento nas áreas de atuação. Os que ficam no sistema atual mostram-se muitas vezes desmotivados, mas continuando a dar grande importância aos diplomas, algumas vezes abandonados após a formatura…
O que posso talvez afirmar, frente a este quadro, é que a escola, em todos os níveis, tem por frente um grande e belo desafio. Ela sempre terá um lugar fundamental para a formação dos jovens – mas terá que se reinventar continuamente, adaptando–se, com sabedoria e coragem, às novas tendências mundiais e da juventude! Em minha opinião, isto é fantástico, pois traz grandes desafios, com muitas oportunidades para que ela se torne a mola propulsora do progresso no futuro!
Vamos continuar esta conversa na semana que vem? Até lá, então!
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