Temos discutido muito sobre educação, ensino e aprendizagem nesse espaço do “Engenharia em Pauta”. Afinal, temos que preparar nossos jovens para o futuro complexo e fascinante que a “Quarta Revolução Industrial”, a era do conhecimento e da cognição, está nos apresentando…
Nestes “bate papos”, definitivamente não tenho criticado pejorativamente os métodos de ensino atuais, na maioria dos casos herdados da Primeira Revolução Industrial, e que são muitas vezes utilizados pelo sistema escolar atual; meu objetivo tem sido apenas mostrar suas limitações e deficiências…
Pois é, na Primeira Revolução Industrial pudemos ver que a máquina a vapor permitiu substituir a força humana pela força mecânica. E todo um mundo novo se abriu, mas com alguma lentidão, o que permitiu adaptações de nossa parte com velocidade razoável… Agora, com a Era da Cognição, do Conhecimento, vemos as tecnologias desruptivas, ou seja, a Inteligência Artificial, Robótica, Tecnologia da Informação, etc., acelerando a nossa capacidade de “pensar”, de compartilhar informações, de descobrir coisas novas, e com uma velocidade incrível! Aí, é realmente necessário refletir sobre como melhor preparar as pessoas, e rapidamente, para este novo ambiente!
Indo um pouco mais a frente nesse assunto, reparamos que muitos docentes se preocupam mais com a memorização pura e simples de conceitos que pretendem “transmitir”, deixando de lado a experimentação dos mesmos; esta, além de ser criativa e desafiadora, deve ser lógica e trazer ao educando resultados visíveis, e então “curtíveis” (nem sei se esta palavra existe, mas exprime bem o que quero afirmar…). Esta ênfase na memorização nos prende a criatividade, no momento em que estamos aprendendo algo. E também seguramente vamos nos esquecer dos conceitos que foram “fornecidos”, simplesmente porque não os utilizamos, no momento de aprendê-los! Que problema… Mas, aqui entre nós, não é verdade?
E então aparece a desmotivação, tão comentada pelos docentes atuais… Conforme Idzie Desmarais (conhecida escritora canadense, famosa por não ter frequentado nenhuma escola, a menos, como ela afirma, seis meses de jardim de infância…), “a única razão pela qual alguém não gosta de aprender é porque se transformou em uma tarefa: algo forçado e desagradável. Como não escolares, percebemos que o aprendizado é tão inato quanto respirar. E se a aprendizagem nunca é feita em algo que não é divertido, então continua a ser algo alegre ao longo da vida”.
No caso da engenharia, as melhores metodologias a utilizar poderiam ser baseadas no esquema abaixo:
Ler / ouvir / assistir → Fazer → Avaliar → Repetir
Ou, seja, aprender algo através da leitura de livros técnicos e outros meios de comunicação de conteúdo, inclusive virtuais, e mesmo assistir aulas expositivas. Mas logo em seguida fazer alguma coisa com o conhecimento que ficou das etapas anteriores; então avaliar o resultado do que se fez, principalmente em relação à fixação e ordenação dos novos conhecimentos. E, se possível, repetir tudo, mas acrescentando “pitadas” de outros conteúdos de interesse, possibilitando assim algo de multidisciplinaridade. Repare que isto pode ser feito na próprio momento da aula, seguida de uma criativa série de exercícios…
Vamos continuar este assunto no próximo ”Engenharia em Pauta”? Até lá…
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