Para iniciar esta nossa conversa semanal, gostaria de recordar algo que me parece muito importante para levar em consideração nos tempos em que vivemos: “novas tecnologias, novos tipos de sociedade”… É a evolução, normal, que ocorre desde tempos imemoriais, e que traz mudanças em todo nosso entorno, físico e humano. Já estamos presenciando o aquecimento global, intensas mudanças na geopolítica internacional, na mentalidade das pessoas – de modo mais acelerado nos mais jovens, – no modo de conviver com os outros e na família, e assim por diante.
Também as instituições empresariais estão evoluindo, e com ela todo um perfil de gestão, de necessidade de qualificação dos colaboradores, e até no seu número… Vamos dar uma caminhada neste ambiente?
Comecemos pela Revolução Industrial, que ocorreu entre 1760 e algum momento entre 1820 e 1840. Nela, houve a transição gradativa, em princípio e depois acelerada, dos métodos de produção artesanais para a produção por máquinas, além de vários outros avanços tecnológicos, possíveis à época. Não restam dúvidas entre os historiadores de que a Revolução Industrial realmente revolucionou toda a sociedade, iniciando um novo ciclo de desenvolvimento. A força física foi sendo gradativamente substituída pela força das máquinas, e a necessidade de qualificação técnica para atuar neste novo ambiente foi aumentada…
As novas estruturas empresariais estão produziam o que poderíamos chamar de produtos físicos (tecelagem, os primeiros automóveis, etc.), com muito pouca informação útil – utilizavam processos mecânicos como base, com pouca ou mínima automação. Mas esta se fazia necessária e desejada, e, com o aumento da ciência aplicada, começaram a ocorrer tentativas de automação, como teares programáveis, etc. Nesta época, também se tornaram notáveis as tentativas de desenvolver máquinas que permitissem “computar“ dados e automatizar processos; pioneiros desta época, (e da computação moderna…), são Charles Babbage (1791-1871) com sua “Máquina Analítica”, e Ada Augusta King, Condessa de Lovelace (1815-1852), que desenvolveu o primeiro algoritmo, ancestral dos que temos atualmente…
Seguindo a evolução das estruturas empresariais, com o crescimento dos métodos científicos, da ciência em geral, da eletricidade e dos métodos computacionais, torna-se presente uma “segunda onda” de tipos de empresa: as que ainda produzem produtos físicos, mas que já utilizam tratamento da informação, e lucram com isto; é difícil precisar a época exata em que isto aconteceu, mas já aqui vemos os primeiros videogames, rudimentares computadores pessoais (eu tive um, com memória de 2 kB, e aprendi muito com ele…). Mas, da primeira revolução até esta época, demorou um pouco, não foi?
E de repente, estamos imersos na “Quarta Revolução Industrial”, na “Era da Cognição”, na qual a nossa “força mental” está sendo complementada, e alguma vezes substituída, por processos computacionais muito avançados (tais como a Inteligência Artificial…), e assim por diante. Uma nova grande revolução! Agora, temos produtos baseados só em informação! Aí estão os produtos digitais, como cursos online, aplicativos que já realizam muitas tarefas, etc. É uma enorme revolução, na qual os produtos físicos são quase que “commodities”, abrindo então uma enorme gama de possibilidades!
Mas esta revolução, que está agindo cada vez mais rapidamente, necessita novo tipo de trabalhadores: criativos, curiosos, comprometidos, resilientes, muito bem qualificados, com grande facilidade de compartilhamento de informações e conhecimento, empatia e interlocução, e por aí vai… Será que estamos preparando e curtindo este novo tipo de “trabalhadores” e cidadãos? É algo para pensar…
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