Se observarmos pessoas que realmente empreenderam com sucesso em suas vidas, em seus empreendimentos comerciais ou mesmo em suas carreiras, poderemos observar neles algumas características bem nítidas, dentre muitas outras também bem interessantes… Poderemos ver com certeza que eles sempre procuraram sua independência, no sentido de construir seus próprios destinos; são curiosos, e aprenderam a aprender; tem (e procuram manter…) uma visão bem concreta e realista do mundo; são criativos, e inovam constantemente. E assim por diante… E também mostram ter grande energia, geralmente sendo bons líderes, empoderando os que estão ao seu redor e que com ele convivem…
Mas uma pergunta que neste ponto de nossa reflexão sempre se faz presente é: por que estas pessoas assim definiram suas vidas, e então desenvolveram tais características, que as fizeram “empreender” com sucesso?
Acho que a resposta está na definição de empreendedorismo dada pelo prof. Fernando Dolabela, em seu excelente livro “Pedagogia Empreendedora” (São Paulo, Editora de Cultura), e que em minha opinião resume o “motor” de qualquer atividade empreendedora, em qualquer situação de nossa vida:
“O Empreendedor é alguém que sonha e busca transformar o seu sonho em realidade”.
Também conforme o prof. Dolabela, este “sonho” é algo realmente muito importante em nossa vida, pois é o “sonho que se sonha acordado, capaz de conduzir à autorrealização”. E quem, mesmo que de modo inconsciente, não busca a autorrealização? E quem, quando deseja realmente algo para nortear sua vida, não fica de “olhos brilhantes”, e corre atrás da meta desejada? E aí, não para de trabalhar e agir para alcançá-la, se quiser de fato realizar-se plenamente, e aí ser feliz como uma pessoa integrada com o mundo e com si mesma!
Pois é: quando o indivíduo detecta este sonho em sua vida, e acredita nele, desenvolverá as características empreendedoras citadas no início desta nossa conversa, e ainda mais algumas, também muito interessantes…
Agora, dois pensamentos, de certo modo incômodos e sutis. Aqui vai o primeiro: você conhece algumas pessoas que ainda não descobriram seus sonhos “estruturantes”, como o prof. Dolabela denomina este tipo de sonho acima citado? Veja como estas pessoas se comportam: será que apenas são levadas pelo rio da vida? Será que podem ser pessoas que reclamam de tudo, que esperam ansiosamente o final de semana, etc.? Não, não são pessoas infelizes – apenas são pessoas em que falta algo, algo que não as completa e que as faria viver plenamente… Que pena: pode ser que você constate que a maioria das pessoas é assim, mas não é culpa delas… E deixe para lá de quem é a culpa – esta é uma discussão bem grande e complexa… O segundo pensamento sugerido é: você já tentou investigar qual seria seu sonho estruturante? Faça este exercício, a fundo, e tomara que você esteja empreendendo sua realização…
No próximo “Engenharia em Pauta”, vamos continuar este assunto? Até lá…
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