Segundo paradigma: trabalhando com “o Sistema”… Nossa escola procura entender o sistema escolar como deve ser, e não como é atualmente, oriundo de tradições que já deveriam ter sido questionadas há muito tempo. Estas tradições se baseiam em “objetos” fixos, que são alunos, professores, conteúdo, avaliações, administração com grande número de regras e normas, sendo o objetivo principal “transmissão de conhecimentos”… Só que os alunos estão desinteressados, os professores são sobrecarregados e tradicionalistas, o conteúdo geralmente é excessivo, variado em demasia, e com detalhes muitas vezes desnecessários, as avaliações são em número excessivo e vazias, sem objetivos de aprendizagem claramente definidos, e as regras engessam as tentativas de inovação. Resultado: a reconhecida baixa eficácia do processo, desinteresse, evasão, a escola sendo vista apenas como um “cartório” onde o objetivo é apenas obter um documento, o “diploma”…
Já em nossa escola há a constante preocupação com a “aprendizagem”. Prevalece o foco na transversalidade de conteúdos, já que na formação do engenheiro não há nem pode haver conteúdo estanque. Isto se consegue pela multidisciplinaridade, em que vários professores trabalham juntos orientando grupos de alunos, em equipes multidisciplinares.
A aprendizagem se dá por proposição de desafios de dificuldades e complexidade crescentes (a vida é, em si, um desafio…). Procura-se fazer com que o aluno percorra um caminho no qual ele, dentro de sua individualidade e auxiliado por seus colegas, vá gradativamente alcançando metas que definam conhecimentos, habilidades e atitudes de engenheiro. As avaliações serão por claro e definido atingimento destas metas.
E, neste sistema, é claro, sempre aparecem vários e inovadores caminhos para melhorá-lo; todas as propostas são bem-vindas, analisadas criticamente, e se convenientes, postas imediatamente em uso… Para facilitar tal processo, a comunidade acadêmica é motivada a realizar pesquisas sobre o uso das novas tecnologias, inclusive educacionais, em conexão com antigas soluções, o que constitui um bom estímulo para o processo criativo e cooperativo de todos os envolvidos.
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