Após que um grande disparo de raios gama atingiu os telescópios dos astrônomos em maio deste ano, eles então correram para usar mais instrumentos para observar o que presumiram ser uma fusão de duas estrelas de nêutrons.
A explosão resultante foi dez vezes mais forte do que eles esperavam, de acordo com Space.com . Como resultado, a pesquisa liderada pela Northwestern University, nos Estados Unidos, publicada no The Astrophysical Journal, conclui que os astrônomos observaram o raro nascimento de um tipo de estrela morta chamada magnetar.
Estrelas de nêutrons são remanescentes extremamente densos de estrelas mortas que explodiram em uma supernova, mas não eram grandes o suficiente para entrar em colapso para gerar assim um buraco negro. Os magnetares são uma classe de estrelas de nêutrons conhecida por produzir os campos magnéticos mais poderosos do universo.
“Sabemos que os magnetares existem porque os vemos em nossa galáxia”, comenta o principal autor do estudo e astrônomo Wen-fai Fong, em um comunicado à imprensa. “Achamos que a maioria deles é formada na morte explosiva de estrelas massivas, deixando para trás essas estrelas de nêutrons altamente magnetizadas. No entanto, é possível que uma pequena fração se forme em fusões de estrelas de nêutrons. Nunca vimos evidências disso antes, muito menos na luz infravermelha, tornando esta descoberta especial.”
A descoberta incomum deve se atribuir ao fato de que os cientistas foram extremamente ágeis com seus instrumentos. Se tivessem sido mais lentos, eles poderiam ter perdido totalmente o show.
“Surpreendentemente, o Hubble foi capaz de tirar uma foto apenas três dias após a explosão”, disse Fong. “Quando o Hubble olhou novamente em 16 e 55 dias, sabíamos que não só havíamos capturado o desvanecimento [fusão], mas também descobrimos algo muito incomum.” Conclui Fong.
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