Recentemente, pesquisadores da Universidade de Rochester desenvolveram um novo material supercondutor denominado “reddmatter”. Ao contrário dos supercondutores convencionais que precisam de temperaturas extremamente baixas e pressão elevada, o reddmatter pode operar à temperatura ambiente e pressões muito menores, tornando-o uma opção mais viável e acessível para as redes elétricas. O reddmatter foi criado a partir da combinação de hidrogênio, nitrogênio e um metal de terras raras. Os pesquisadores descobriram que o material pode existir a 20,5°C e 145 mil psi de pressão. Esses resultados são um grande avanço para a comunidade científica, pois a descoberta pode levar a baterias mais duradouras, redes elétricas mais eficientes e até mesmo trens de alta velocidade aprimorados.
A capacidade de produzir supercondutores comercialmente viáveis, que podem operar em condições quase ambientais, é um grande passo em direção à criação de dispositivos supercondutores no futuro próximo. Esses dispositivos terão componentes supercondutores que permitem o uso de menos eletricidade, tornando os dispositivos mais eficientes em termos de energia e com maior duração da bateria. A mesma tecnologia pode ser incorporada em baterias de carros elétricos, tornando-as mais eficientes em termos de energia.
Além disso, os supercondutores podem ser utilizados para criar uma rede supercondutora, que armazena energia solar ou eólica por tempo indeterminado e a transfere por grandes distâncias sem perdas, o que poderia ajudar a lidar com a mudança climática e reduzir as emissões de carbono. A Administração de Informação de Energia dos EUA estima que 5% da eletricidade foi perdida durante a transmissão e distribuição de energia no país entre 2017 e 2021. A transferência e armazenamento de energia mais eficiente podem reduzir o uso geral de energia e, portanto, reduzir as emissões de carbono.
Os supercondutores também podem ser usados na construção de reatores de fusão nuclear, que é uma fonte potencial de energia limpa e virtualmente ilimitada. As reações de fusão nuclear não geram resíduos radioativos ou gases de efeito estufa, e a criação de campos magnéticos fortes é essencial para confinar essas reações. O reddmatter, que cria um enorme campo magnético à temperatura ambiente, pode ser divisor de águas na próxima década para os esforços de construção de reatores de fusão.
Finalmente, muitas máquinas de ressonância magnética dependem de ímãs supercondutores, que são feitas passando corrente elétrica via bobinas de fio supercondutor, criando campo magnético. Essas bobinas são resfriadas usando hélio líquido. Um supercondutor como o reddmatter pode tornar as máquinas de ressonância magnética mais eficientes e acessíveis em termos de custo, pois o uso do reddmatter eliminará a necessidade de resfriamento usando hélio líquido, um recurso limitado e caro.
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