A italiana Fiat Chrysler propôs fusão com a francesa Renault para dar inicio o que seria a maior automobilística do mundo, em meio a dificuldades de ambas companhias em torno da eletrificação dos veículos e dos projetos de carro autônomo.
A transação ocorrerá via criação de uma holding alemã, ficando cada parte com 50%, conforme comunicado desta segunda-feira, dia 27 de maio, pela Fiat Chrysler. A nova empresa deverá ter venda combinada de 8,7 milhões de automóveis.
“Geograficamente, baseado nas vendas globais do ano passado pela Fiat Chrysler e pela Renaut, a nova empresa seria a quarta na América do Norte, a segunda na EMEA (Europa, Oriente Médio e África) e a primeira na América Latina”, aponta o comunicado.
Ações das empresas disparam
As receitas combinadas das empresas chegariam a € 170 bilhões, com lucro operacional de mais de € 10 bilhões e lucro líquido na casa dos € 8 bilhões.
As ações da Fiat Chrysler sobem nada menos que 10,74% na bolsa de Milão. Por sua vez, os papeis da Renaut disparam 15,21% na Euronext Paris.
Governo francês aprova
O governo francês é a favor da aliança, mas com ressalva, “é necessário que as condições da fusão sejam favoráveis ao desenvolvimento econômico da Renault e evidentemente aos funcionários da Renault”, diz a porta-voz do governo francês, Sibeth Ndiaye.
A Fiat Chrysler indicou que a linha de produção das duas empresas é “ampla e complementar, e daria uma cobertura completa ao mercado, do segmento de luxo até o segmento voltado para o popular”.
Fiat Chrysler e Renault produzem automóveis de nível intermediário e também populares, o que significa que poderiam compartilhar os avanços tecnológicos, afirmam analistas do setor.
A Renault poderá contribuir com sua tecnologia para o desenvolvimento de motores elétricos, enquanto a Fiat Chrysler entraria com sua conta no mercado norte-americano com seus veículos 4×4 e picape.
“Briga” de gigantes
O projeto da FCA para a fusão com Renault deixa “a porta aberta a Nissan” para integrar a operação.
Com os aliados Nissan e Mitsubishi, a Renault constitui o maior grupo automobilístico mundial no que se refere ao volume de vendas, com quase 10,76 milhões de unidades comercializadas só no ano passado, à frente de Volkswagen (10,6 milhões) e Toyota (10,59 milhões).
Somados à Fiat-Chrysler, a aliança estabelecerá uma grande distância para os rivais, com quase 16 milhões de veículos.
Uma aliança França-Itália-EUA mudará profundamente a relação de forças dentro da união Renault-Nissan-Mitsubishi, reforçando em questão a parte francesa.
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