Pesquisadores da Universidade de Linkoping, na Suécia, alcançaram um avanço significativo ao desenvolverem uma tela digital revolucionária, na qual os próprios LEDs não apenas exibem informações, mas também reagem ao toque, à luz, às impressões digitais e até mesmo ao pulso do usuário.
Esta inovação marca o advento de uma nova era de monitores para dispositivos móveis, computadores e tablets, prometendo uma versatilidade sem precedentes. O professor Feng Gao, líder do projeto, enfatiza: “Nós demonstramos agora que nosso princípio de design é viável. Nossos resultados revelam um potencial extraordinário para uma nova geração de telas digitais com recursos avançados. Agora, nosso foco está em aprimorar essa tecnologia para torná-la comercialmente viável.”
Ao contrário das telas LCD e OLED convencionais, que dependem de sensores externos para funcionalidades adicionais, como detecção de toque e impressões digitais, nesta nova tela, todos esses recursos são integrados diretamente nos próprios LEDs. Isso é possível graças ao uso de perovskita, um material cristalino com propriedades excepcionais de absorção e emissão de luz.
Além de sua capacidade de reagir a vários estímulos, como toque e mudanças na iluminação, esta tela inovadora pode até mesmo recarregar dispositivos diretamente através dos LEDs, pois as perovskitas também podem atuar como células solares.
Embora já tenham sido desenvolvidos LEDs de perovskita em todas as três cores do padrão RGB, o caminho para o mercado ainda apresenta desafios. “A vida útil dos LEDs de perovskita precisa ser aprimorada”, admite o pesquisador Zhongcheng Yuan. “Atualmente, a tela funciona por algumas horas antes que os LEDs se tornem instáveis.”
Enquanto isso, na Coreia do Sul, Dong Kim e sua equipe do Instituto de Ciências Básicas avançam em outra frente, explorando telas QLED. Eles buscam não apenas a funcionalidade, mas também a flexibilidade, crucial para aplicações em tecnologias vestíveis e adaptáveis.
O desafio de criar telas QLED flexíveis reside na natureza dos pontos quânticos, que são nanopartículas inorgânicas. A solução encontrada foi incorporar um semicondutor orgânico para melhorar a injeção de cargas elétricas, criando um filme nanocompósito ternário.
Com essa abordagem, os pesquisadores alcançaram QLEDs com alto brilho e baixo limiar de tensão, além de uma notável resistência ao esticamento. Este avanço poderá levar a telas QLEDs flexíveis, capazes de manter seu desempenho mesmo quando esticadas, prometendo uma nova dimensão de experiência visual para o usuário.
Fonte: Inovação Tecnológica
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