Um estudo liderado por pesquisadores da UCL revelou que as ondas cerebrais lentas, normalmente associadas ao sono, também estão presentes durante a vigília em pessoas com epilepsia. Essas ondas podem desempenhar um papel na proteção contra a excitabilidade cerebral aumentada associada à condição.
Metodologia da Pesquisa Sobre Ondas Cerebrais e Participantes
Publicado na revista Nature Communications e realizado em colaboração com o Centro de Pesquisa Biomédica da NIHR UCLH, o estudo analisou dados eletroencefalográficos (EEG) de 25 pacientes com epilepsia focal. Durante a pesquisa, os participantes realizaram uma tarefa de memória associativa enquanto eletrodos monitoravam a atividade cerebral.
Resultados e Importância das Ondas Lentas
A análise dos dados revelou que, durante a vigília e a execução da tarefa, as pessoas com epilepsia produziam ondas cerebrais lentas com duração inferior a um segundo. Essas “ondas lentas de vigília” aumentaram conforme a excitabilidade cerebral aumentava, reduzindo o impacto das descargas epilépticas na atividade cerebral. Especificamente, houve uma diminuição na atividade nervosa, sugerindo uma possível proteção contra a atividade epiléptica.
Relação com a Cognição
Os pesquisadores também investigaram se as “ondas lentas de vigília” afetavam negativamente a função cognitiva. Durante a tarefa de memória, observou-se que essas ondas reduziram a atividade de células nervosas, impactando o desempenho cognitivo e aumentando o tempo necessário para concluir a tarefa.
Implicações e Futuras Pesquisas
O estudo sugere que as “ondas lentas de vigília” podem representar um mecanismo de proteção contra a atividade epiléptica. No entanto, a observação de impactos negativos na cognição destaca desafios adicionais. Os pesquisadores esperam que estudos futuros explorem essas ondas como potencial tratamento inovador para pessoas com epilepsia.
Perspectiva Neurobiológica
O autor principal, Dr. Laurent Sheybani, destaca a interessante correlação entre as funções das ondas lentas durante o sono e seu impacto benéfico em condições patológicas. O estudo reforça a ideia de que a atividade cerebral durante o sono pode ocorrer em áreas específicas do cérebro, em vez de ser uniformemente distribuída.
Conclusões e Considerações Futuras
A pesquisa abre caminho para uma compreensão mais profunda das complexas interações entre ondas cerebrais, epilepsia e cognição, oferecendo pistas importantes para futuros avanços no tratamento da epilepsia.
Com informações de Nature Communications.
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