A greve dos trabalhadores do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama) teve início em janeiro e vem deixando parte da indústria de mãos atadas desde então. De acordo com o jornal Folha de S. Paulo, em pouco mais de dois meses, mais de 30 mil veículos estão parados nos pátios, aguardando as liberações ambientais emitidas pelo órgão.
Lotes de carros importados só podem entrar oficialmente no país e serem vendidos após o Ibama aprovar as licenças ambientais, garantindo que os veículos estejam de acordo com as regras de emissões do país. Os veículos que chegam ao Brasil em navios estão parados nos portos, enquanto os que entram pela fronteira terrestre, como os fabricados na Argentina e no Uruguai, dependem da aprovação do Ibama para prosseguir. A paralisação afeta principalmente marcas que não produzem no Brasil, como BYD, Volvo, GWM, Kia e Mercedes.
Algumas concessionárias já estão com estoques baixos. Um revendedor da Peugeot relatou a falta do 208 argentino: “Normalmente, tenho em torno de 100 carros no estoque da concessionária. Hoje tenho apenas dez”, lamentou o lojista ao jornal.
Outra marca enfrentando problemas de abastecimento é a Volkswagen. O Taos, produzido na Argentina, está em risco de escassez em algumas concessionárias. A Toyota, que fabrica a Hilux no país vizinho, depende da liberação para enviar a picape a Guaíba (RS), onde a montagem é finalizada. Agora, o jornal Zero Hora reportou que a retenção das picapes está impactando os fornecedores locais.
A greve já dura três meses, com funcionários do Ibama reivindicando novos planos de carreira, aumentos salariais e melhorias nas condições de trabalho. Na última semana, a ministra da Gestão e Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, apresentou uma nova proposta aos trabalhadores.
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