Você deve ter aprendido durante as aulas de geografia que temos alguns tipos diferentes de “polos nortes”, entre eles o geográfico e o magnético. Ao contrário do polo norte geográfico, que é um ponto estático, o polo magnético movimenta-se de forma constante.
Ele localiza-se em algum ponto variável do hemisfério norte, e em cada medição aparece em um ponto ligeiramente diferente, tendo se movimentado 1.100km no século XX. Isso acontece por causa de perturbações no campo geomagnético da Terra por conta de partículas carregadas advindas do Sol.
O que tem intrigado cientistas é a velocidade de movimentação do polo magnético. Enquanto em 1970 ele se movimentava a velocidade de 9 km/ano, a velocidade aumentou para 55 km/ano nas duas primeiras décadas do século XXI.
Medições recentes sugerem que a movimentação atual em direção à Rússia pode estar diminuindo para a casa dos 40 km/ano.
“O movimento desde a década de 1990 está muito mais rápido do que em qualquer momento nos últimos quatro séculos. Nós não sabemos muito sobre as mudanças no núcleo que estão causando isso”, afirma Ciaran Beggan, do British Geological Survey (BGS – Reino Unido).
O BGS é um dos órgãos responsáveis pela atualização a cada cinco anos do Modelo Magnético Mundial, mapa que mostra uma previsão da localização do norte magnético. É este modelo que tem como objetivo o funcionamento exato de qualquer ferramenta de navegação, do GPS aos serviços de mapas de smartphone, aplicativos de bússola, além de sistemas muito importantes usados pela NASA, forças armadas e também na aviação civil.
O modelo acaba de ser atualizado, publicado em parceira entre o BGS e os Centros Nacionais para Informação Ambiental (EUA).
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